Enfim, VER AQUI
Um blogue plurifacetado procurando abordar questões de interesse sob perspectivas diversificadas. A independência sim, mas sempre subordinada a parâmetros de bom senso, de optimismo e de realismo. O mundo e a sociedade sob o olhar atento e desassombrado de um cineasta do quotidiano, um iconoclasta moderno, sem peias, sem tabus, sem preconceitos.
A CERTEZA ABSOLUTA
Enfim, fui obrigado a bloquear amigos no Facebook por dizerem que as minhas críticas eram fruto de "ódio pessoal". Fui enxovalhado por pessoas afectas ao dito cujo, certamente movidas por afinidades diversas que me provocavam e vexavam de forma delirante, vislumbrando-se nesse "aparato" o dedo do presidente, que enviava "controleiros" para me silenciar e desacreditar. Hoje, respiro fundo e quero ver a cara dessas criaturas daqui para a frente.
O Benfica estava a ser utilizado por Vieira em proveito próprio. Já não falo dos empresários que não querem defender o clube, apenas usar o clube para enriquecerem. Vendendo gato por lebre, sacando comissões milionárias só para seu proveito pessoal. O Benfica não foi capaz de se defender desses abutres. Pelo contrário: apoioou-os e deu-lhes "biberão"..
Tal como aconteceu com Vale e Azevedo, fui considerado "não-benfiquista", "estúpido", por denunciar os seus atropelos e abudos, logo de início. Muitos que hoje em dia apoiam incondicionalmente LFV, também me acusam nos mesmos moldes. Todos são corruptos, dizem com estranha forma de estar mnna vida, por isso ele é esperto em sê-lo também!!!
É esta argumentação pífia de mentecaptos que são os principais responsáveis pelo estado a que chegamos a todos os níveis.
O presidente da câmara de Lisboa e o primeiro ministro, prestando vassalagem a esta criatura, estão também no rol. Não digam que nada sabiam, que foram apanhados de surpresa, quem lê a comunicação social e está atento sabe bem do que se passa há muito tempo! O polvo é muito vasto
Tal como no antigo regime, quem denunciava abusos, incoerências e cretinices do regime, era vexado pelos acólitos do regime com nomes como "estúpido", "comunista", "invejoso", ou até "objector de consciência", são agora acoimados de coisas similares por denunciarem abusos, prepotências, situações anómalas e censuráveis. A história repete-se. Vale e Azevedo tem um paradigmático seguidor... que"A se julgava protegido pela teia de opacidade que o rodeava.
"
"A prociçao continua...
"Ahttps://www.ojogo.pt/futebol/1a-liga/benfica/noticias/a-reacao-de-rui-pinto-a-detencao-de-luis-filipe-vieira-13914448.html
A história é verdadeira. Estes versos foram ditos pelo próprio, segundo
creio, num jantar de Carnaval, em 1934. O Ministro visado detinha a
paste da Agricultura do governo de Salazar e chamava-se Leovigildo
Queimado Franco de Sousa. O autor dos versos era alentejano, de Évora
(?), chamava-se João Vasconcelos e Sá e era avô do fadista Pinto Basto.
E X P O S I Ç Ã O
Porque julgamos digna de registo
a nossa exposição, senhor Ministro,
erguemos até vós, humildemente,
uma toada uníssona e plangente
em que evitámos o menor deslize
e em que damos razão da nossa crise.
Senhor: Em vão, esta província inteira,
desmoita, lavra, atalha a sementeira,
suando até à fralda da camisa.
Falta a matéria orgânica precisa
na terra, que é delgada e sempre fraca!
- A matéria, em questão, chama-se caca.
Precisamos de merda, senhor Soisa!...
E nunca precisámos de outra coisa.
Se os membros desse ilustre ministério
querem tomar o nosso caso a sério,
se é nobre o sentimento que os anima,
mandem cagar-nos toda a gente em cima
dos maninhos torrões de cada herdade.
E mijem-nos, também, por caridade!
O senhor Oliveira Salazar
quando tiver vontade de cagar
venha até nós solícito, calado,
busque um terreno que estiver lavrado,
deite as calças abaixo com sossego,
ajeite o cú bem apontado ao rego,
e... como Presidente do Conselho,
queira espremer-se até ficar vermelho!
A Nação confiou-lhe os seus destinos?...
Então, comprima, aperte os intestinos;
se lhe escapar um traque, não se importe,
quem sabe se o cheirá-lo nos dá sorte?
Quantos porão as suas esperanças
n'um traque do Ministro das Finanças?...
E quem vier aflito, sem recursos,
Já não distingue os traques dos discursos.
Não precisa falar! Tenha a certeza
que a nossa maior fonte de riqueza,
desde as grandes herdades às courelas,
provém da merda que juntarmos n'elas.
Precisamos de merda, senhor Soisa!...
E nunca precisámos de outra coisa.
Adubos de potassa?... Cal?... Azote?...
Tragam-nos merda pura, do bispote!
E todos os penicos portugueses
durante, pelo menos uns seis meses,
sobre o montado, sobre a terra campa,
continuamente nos despejem trampa!
Terras alentejanas, terras nuas;
desespero de arados e charruas,
quem as compra ou arrenda ou quem as herda
sente a paixão nostálgica da merda...
Precisamos de merda, senhor Soisa!...
E nunca precisámos de outra coisa.
Ah!... Merda grossa e fina! Merda boa
das inúteis retretes de Lisboa!...
Como é triste saber que todos vós
Andais cagando sem pensar em nós!
Se querem fomentar a agricultura
mandem vir muita gente com soltura.
Nós daremos o trigo em larga escala,
pois até nos faz conta a merda rala.
Venham todas as merdas à vontade,
não faremos questão da qualidade.
Formas normais ou formas esquisitas!
E, desde o cagalhão às caganitas,
desde a pequena poia à grande bosta,
de tudo o que vier, a gente gosta.
Precisamos de merda, senhor Soisa!...
E nunca precisámos de outra coisa.
João Vasconcelos e Sá