O professor, sempre cáustico e interventivo, sempre apregoando nobres princípios e uma filosofia de acção pautada pelos mais altos valores da cidadania, como ex-jornalista sabe do que fala.
VEJA-SE O QUE DISSE
«Sede implacáveis no escrutínio do poder».
Falar é sempre fácil. Contudo, quando sabemos quão difícil é ser isento, rigoroso, escrupuloso nesta matéria__pois os interesses são tantos e os envolvimentos tão complexos__ tecendo-se teias de cumplicidades bem intrincadas, criando-se processos chantageadores para que essa nobre missão não seja escrupulosamente cumprida, eu pergunto se o senhor presidente da República faz aquele telefonema solidário ao jornalista quando está sob pressão e sob ameaça de despedimento por levar à prática aquilo que o senhor presidente acha que é um desígnio e um desiderato nobres? Há telefonemas que por vezes são revestidos de grande simbolismo, outros nem o serão...
A jornalista Ana Leal está debaixo de fogo. Quer tão somente ser escrupulosa e implacável no escrutínio dos poderosos. Será que os poderosos são-no de tal forma, que também conseguem intimidar o senhor presidente?
Será qiue o senhor presidente, quiçá por motivos a que não será alheio o calendário eleitoral que se afigura no horizonte, receia também represálias dos tentáculos desse polvo chamado poder?
Lá diz a sabedoria popular: «o medo guarda a vinha!»
Será que o medo já chegou a Belém?! É de crer que ainda não e nunca há-de chegar. Assim, dando cumprimento às esperanças de todos os portugueses de boa fé e recta intenção, que olham para o presidente como o provedor do povo, o provedor dos humilhados e ofendidos, ele saberá estar na linha da frente na defesa dos direitos e das liberdades e saberá estar ao lado da jornalista ana Leal nesta hora difícil. Bem haja. E que aja bem.
José Manuel figueiredo Leite de Sá
Vila do Conde 27 de maio de 2020
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