O piloto da nau lusa olha para os instrumentos de bordo e ao ver o mar encapelado tem um ar preocupado. Cavalgando a onda populista vê Jerónimo de Sousa e Catarina Martins respirando euforia por todos os poros.
Ele, piloto da nau, não pode olvidar os ventos. De Espanha, de Itália, mas também da América e da China eles são de molde a causar preocupação. Danos colaterais poderão estar no horizonte.
Olha para os instrumentos de bordo e receia que o PIB não atinja o nível esperado, Se os indicadores de bordo são favoráveis ao desemprego isso só por si pode ser algo de pouco rigoroso tantos são os fatores a retirar-lhe objetividade.
Os encargos da dívida são cada vez mais preocupantes. As flutuações de mercado são ventanias traiçoeiras que dão cabo das boas taxas de juro.
Enfim, se Jerónimo pensa ir recuperar os votos que perdeu nas últimas autárquicas pode sair-lhe o tiro pela culatra. Basta atentar no que sucedeu ao PRD (de Eanes) que levou uma sova tremenda e esteve na génese da primeira maioria absoluta de Cavaco Silva. Ir até aos limites e romper a corda poderá desencadear uma rotura e gerar ondas vitimizadoras que terão efeitos imprevisíveis em campanha eleitoral.
Quem detém o poder pode usar certas manipulações para lançar o odioso da rotura sobre os criadores da instabilidade.
Rio mantém uma prudência inteligente e não quer cavalgar ondas traiçoeiras. A pressa de uns pode ser mau indício. Os ventos são descontrolados e de efeitos imprevisíveis. Há danos colaterais certamente.
Este verão, tendo o orçamento no horizonte, poderá desencadear ondas de choque ou tsunamis devastadores. Para quem?!
O futuro, esse juiz implacável, o dirá, seguramente.
J. Leite de Sá
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