Era a seara de Abril a florescer. Uma papoila sorria, sorria e a todos entontecia. Estátua grega, feita com mármore de Carrara, era assim Mariema, «a sueca de Campo de Ourique», nos tempos áureos de Abril. Foi assim que a retratei, no bar da messe de oficiais no Paço do Lumiar, onde ela ia de quando em vez tomar um conhaque... na companhia de uma conhecido oficial de Abril.Estátua grega, tão pura,
À lascívia és poema
Maçã golden, bem madura,
Afrodite-Mariema!
Com hot-pants és um borracho
Qual Melina Merkouri
O ver-te desperta o macho
Latino que mora aqui.
O teu sorriso brilhante
No Parque Mayer fascina
Musa de Abril, flamejante,
Voz do Fado, voz divina...
O Fado tem mais encanto
Na tua voz bem timbrada
Mariema, doce manto
Sangria na madrugada!...
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